A MODERNIDADE E OS COSTUMES
- helenaemello
- 21 de out. de 2015
- 2 min de leitura

A MODERNIDADE E OS COSTUMES Helena e Mello Out. 2015.
Olho a mata. Reflito sobre a natureza em seus tons e movimentos. As árvores são nativas, seculares, viçosas. Outras já amareladas portando galhos secos. Estão paradas, não há vento e o silêncio predomina. Logo depois, sem qualquer anúncio, o vento chega dando movimento e som.
Penso como a natureza nos ensina e como abstraímos a sabedoria da contemplação. Caminhar com a vida é uma das lições da natureza. Seguir o tempo e retirar de todas as fases a beleza e o prazer oferecidos é o que nos mostra a mata em sua completude.
Continuo refletindo sem pressa e indago de mim mesma. Onde a natureza e o ser humano se encontram e se afastam?
Ouso pontuar, sem pretensão de certeza! Encontram-se na lentidão das mudanças e na imperativa evolução dos tempos. Afastam-se quando o humano constrói conceitos estáticos e modelos permanentes. São os conceitos maculados por preconceitos, quando estes anulam de forma perversa a beleza contida na essência do conceito.
Hoje a sociedade caminha em buscas de modelos novos. Adequação necessária à própria evolução do ser humano. Saímos, ou estamos saindo, do império da imposição de comportamentos e da ordem unitária de padrões e valores morais.
Entramos na era da tecnologia de forma abrupta. Hoje há pressa para tudo. Pressa para chegar, para ganhar, para viver a exposição do prazer... Hoje tempos amigos virtuais, amigos que na maioria não se conhece. A informação é imediata, ultrapassadas quaisquer fronteiras. A mídia e as redes sociais trazem o mundo novo para dentro da nossa casa. A velocidade e o volume das informações ofuscam a essência do conhecimento.
Nesse contexto entre a velocidade da informação, dos novos modelos e valores sociais, o ser humano atual caminha em passos oscilantes e sentimentos conflitantes. Na transição do agora para o futuro haverá de prevalecer a luz necessária à evolução humana na direção do respeito e da solidariedade presentes na própria natureza.
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